IL GIGANTE BUONO
O primeiro gol da seleção do País de Gales em uma Copa do Mundo foi marcado de cabeça por JOHN CHARLES, aos 26’ do 1º tempo, no empate em 1x1 com a Hungria na Copa de 58, na Suécia. O “Bom Gigante” ou “Il Gigante Buono”, como era chamado pela torcida da Juventus de Turim, onde chegou em 1957, depois de marcar 150 gols nas cinco temporadas anteriores do campeonato inglês pelo Leeds United, estava cotado para ser um dos destaques na Suécia (acabara de ser campeão italiano pela Juve na sua primeira temporada na terra do calcio, foi o artilheiro e o melhor jogador da competição).
Mas decepcionou um pouco ao marcar apenas um gol na Copa, justo na estreia de Gales contra a Hungria. Depois passou em branco contra os donos da casa, o México e no jogo desempate com os húngaros – primeira e única vitória (2x1) dos galeses na Copa. Neste jogo, o gigante de quase 1,90 m e 90 quilos se destacou, a ponto de as pancadas dos zagueiros húngaros o tirarem do jogo seguinte, que seria contra o Brasil pelas quartas de finais. Até hoje os galeses dizem que se ele tivesse jogado contra o Brasil o resultado seria diferente. Será mesmo?
John Charles entrou em campo 38 vezes pelo País de Gales entre 1950 e 1965 e marcou 15 gols pela seleção. Seu irmão, Melvyn “Mel” Charles, quatro anos mais novo, também jogou por Gales na Copa de 58.
Por fazer o primeiro gol galês em Copas, Charles entrou para O Mundo da Copa do Mundo.
William JOHN CHARLES
27/12/1931, Swansea, Gales - 21/02/2004, Wakefield, Inglaterra
Copa: 1958 (Juventus)
Primeiro e último clubes: Leeds United e Merthyr Tydfil (Gales)
UM ALA GOLEADOR
O último gol da seleção do País de Gales também aconteceu na Copa da Suécia, como não poderia deixar de ser, afinal esta foi a única Copa que Gales jogou até hoje. E foi de “TERRY” MEDWIN, aos 31’ do 2º tempo do jogo desempate entre a seleção galesa e a seleção da Hungria, que terminaram empatadas em segundo lugar no grupo 3 (as duas seleções com três pontos ganhos – naquele tempo uma vitória valia apenas dois pontos, caso contrário a Hungria teria terminado com quatro pontos e Gales com três pontos, fruto de três empates. Além disso, não havia nenhum critério de desempate, como o saldo de gols, por exemplo. O saldo da Hungria era de de quatro gols positivos, enquanto o de Gales era de zero gol). Gales venceu por 2x1 e passou às quartas de finais, quando foi eliminada pelo Brasil pelo placar mínimo, gol de Pelé, o primeiro gol do Rei em uma Copa do Mundo.
Medwin, um ala que jogava pela direita, apareceu para o futebol no Swansea Town, clube que leva o nome da cidade onde nasceu em 1932. Jogou por uma década na seleção de Gales, entre 1953 e 1963, participando de 30 jogos e marcando seis gols. Encerrou prematuramente a carreira aos 30 anos ao quebrar uma perna numa turnê de pré-temporada pela África do Sul em 1963, tanto na seleção quanto no time inglês do Tottenham Hotspur, onde jogava desde 1956. Pelos Spurs foi campeão inglês na temporada 1961/62 (quando ja era o reserva de Terry Dyson), ano do segundo e último título nacional do clube. Seus companheiros na seleção Mel Hopkins e Cliff Jones também jogavam no Tottenham.
Por marcar o último gol do País de Gales em Copas, Medwin entrou para O Mundo da Copa do Mundo.
Terence “TERRY” MEDWIN
25/09/1932, Swansea, Gales
Copa: 1958 (Tottenham Hotspur)
Primeiro e último clubes: Swansea City (Gales) e Tottenham Hotspur
COPYRIGHT © 2018 LUI FAGUNDES (estes textos são parte do capítulo “O primeiro e o último” do livro O MUNDO DA COPA DO MUNDO, em produção).