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CALDERÓN NÃO RIMA COM MÉXICO

  • Lui Fagundes
  • 30 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

GABRIEL CALDERÓN foi um meia-atacante argentino que jogou as Copas de 82 e 90. “Caldera” estava com 22 anos e defendia as cores do Club Atlético Independiente (El Rey de Copas) quando foi convocado por Cesar Luis Menotti para a Copa da Espanha. Titular em dois jogos (vitória sobre El Salvador e derrota para o Brasil), entrou em outros dois (vitória sobre a Hungria e derrota para a Itália) e curtiu 90 minutos de banco na derrota contra a Bélgica, jogo de estreia de los hermanos. Foram 266 minutos em campo e placar em branco para Calderón.


E chegou 1986! Copa do México! Argentina bicampeã do mundo (con la ayuda de la mano de Dios, of course!), batendo a Alemanha por 3x2 na final. E cadê o “Caldera”? O treinador havia mudado… Saiu Menotti, entrou Cesar Bilardo… E, neste sai um, entra outro, Calderón sobrou e não foi chamado para jogar nos campos de Puebla e de Ciudad de México.


Passaram-se outros quatro anos e a Argentina queria o tri – que só o Brasil tinha. Calderón passava por grande fase no Paris Saint-Germain e Bilardo, que continuava no comando, desta vez o convocou. A campanha dos argentinos teve sete jogos, desde a estreia com derrota para Camarões (uma das grandes zebras da história das Copas) até a final, mais uma vez contra a Alemanha (que ainda era Ocidental, apesar do Muro de Berlim ter caído um ano antes). Pela primeira vez na Copa do Mundo uma final se repetiria (e logo na sequência). Mas a festa mudaria de cores... Com um gol de pênalti (totalmente mandrake!), apontado pelo árbitro uruguaio, naturalizado mexicano (definitivamente México e Calderón não rimavam!), Edgardo Codesal e convertido por Brehme, a Alemanha venceu por 1x0 e chegou finalmente ao tri, depois de três finais consecutivas – já tinha perdido a de 82 para a Itália. “Caldera” entrou em campo cinco vezes: na vitória contra o Brasil, quando Claudio Caniggia despachou a seleção de Lazaroni e Dunga, nas derrotas para Camarões e Alemanha (quando entrou na final, no lugar de Burruchaga – o autor do gol do título em 1986 –, o jogo ainda estava 0x0), e foi titular nas duas vitórias nos pênaltis, contra a Iugoslávia e a anfitriã Itália, mas não bateu nenhum, pois já havia sido substituído em ambos os jogos, e ficou fora na vitória sobre a União Soviética e no empate com a Romênia. Mais uma vez Calderón passou em branco pelo placar.


Por jogar a Copa de 1982, quando a Argentina caiu antes da fase final; não jogar a Copa de 1986, quando a Argentina se sagrou bicampeã do mundo; e jogar a Copa de 1990, quando a Argentina perdeu a final, Calderón é um dos pés-frios de O Mundo da Copa do Mundo.

Gabriel Humberto CALDERÓN

07/02/1960, Rawson, Argentina

Copas: 1982 (Independiente), 1990 (Paris Saint-Germain)

Primeiro e último clubes: Germinal de Rawson (atualmente na 4ª divisão argentina)

e Lausanne (Suíça)

COPYRIGHT © 2018 LUI FAGUNDES (este texto é parte do capítulo “Pé-frio em Copas” do livro O MUNDO DA COPA DO MUNDO, em produção).

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