top of page
  • Lui Fagundes

CONTOU COM A MÁ-VONTADE DE FELIPÃO


ZÉ ROBERTO se profissionalizou na Portuguesa de Desportos, após passar pelas divisões de base do Palestra, de São Bernardo do Campo/SP. Destacou-se no Brasileirão de 1996, quando a Lusa fez a melhor campanha de sua história (vice-campeã, perdendo o título para o Grêmio), e foi parar no Real Madrid. Estava no clube madrilenho quando Zagallo o convocou para a Copa da França. Amargou a reserva e jogou pouco mais de cinco minutos – só entrou em campo nas quartas de final, na vitória contra a Dinamarca, aos 87’, no lugar de Rivaldo.


Em 2002, o comando da seleção brasileira estava nas mãos de Luis Felipe Scolari, que convocou Zé Roberto somente uma vez durante as eliminatórias para a Copa do Japão e Coreia do Sul (a primeira e única Copa do Mundo “compartilhada”) – ele jogou apenas na derrota para a Bolívia por 3x1 em La Paz, em novembro de 2001, e ainda acabou substituído por Denilson. Depois, não foi mais chamado. Mas a má-vontade não foi apenas de Felipão. Antes dele, Emerson Leão, que comandou a seleção do final de 2000 até junho de 2001, também ignorou Zé Roberto, que passava por uma boa fase no Bayer Leverkusen – o clube foi vice-campeão alemão na temporada 2001/02 e chegou a final da Liga dos Campeões em maio de 2002.


A Copa da Alemanha foi onde ele, finalmente, pôde mostrar todo o seu futebol. Titular de Carlos Alberto Parreira, participou dos cinco jogos do Brasil. O treinador, aliás, deu-se ao luxo de “poupá-lo” (entrou somente aos 71’ de jogo) na vitória de 4x1 sobre o Japão, do treinador Zico (Parreira, Zico e Zé Roberto que estavam juntos na seleção brasileira na Copa da França). Zé Roberto fez seu único gol em Copas no jogo de oitavas de final contra Gana – o terceiro na vitória brasileira de 3x0. Quatro dias depois, o Brasil era eliminado pela França nas quartas de final (naquele fatídico jogo em que Roberto Carlos ajeita as meias enquanto Thierry Henry faz o gol da vitória). Sobrou o consolo de ser escolhido pela Fifa para fazer parte de uma seleção ideal de 23 jogadores ao final da competição.


Por jogar a Copa de 1998, quando o Brasil foi vice-campeão; não jogar a Copa de 2002, quando o Brasil se sagrou pentacampeão do mundo; e jogar a Copa de 2006, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final, Zé Roberto é um dos pés-frios de O Mundo da Copa do Mundo.

José "ZÉ" ROBERTO da Silva Júnior

06/07/1974, São Paulo, Brasil

Copas: 1998 (Real Madrid), 2006 (Bayern de Munique)

Primeiro e último clubes: Portuguesa e Palmeiras

COPYRIGHT © 2018 LUI FAGUNDES (este texto é parte do capítulo “Pé-frio em Copas” do livro O MUNDO DA COPA DO MUNDO, em produção).

19 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page