ÉMERSON chegou ao Grêmio em 1992 vindo do Progresso FC, que três anos antes iniciara um trabalho com categorias de base na cidade de Pelotas/RS, onde o atleta nasceu. Estreou na seleção brasileira em 1997 (quando já jogava no Bayer Leverkusen, da Alemanha), num amistoso em Salvador contra a seleção equatoriana. Placar de 4x0 para o Brasil, e – não poderia ser melhor – com um gol do estreante. Foi chamado para mais dois jogos nos meses seguintes e, depois, saiu de vez dos planos de Zagallo para a Copa da França. Com a lesão de Romário, cortado dias antes da competição, o Velho Lobo buscou no clube alemão, o volante para substituir o matador da Copa de 94. Ninguém entendeu nada (até hoje!). Nos gramados franceses, Émerson jogou apenas duas vezes (não foi titular em nenhum jogo). Entrou contra a Dinamarca, pelas quartas de final, aos 71’, no lugar de Leonardo e na semifinal contra a Holanda, quando o cronômetro marcava 40’ do 2º tempo. Jogou a prorrogação e bateu um dos pênaltis que deram a vitória (e o passaporte para a final) ao Brasil. Mas viu do banco a França de Zinédine massacrar nossa seleção.
Quatro anos depois foi a vez do “outro lado da moeda”. Émerson, titular absoluto da seleção e capitão da “Família Scolari”, brincava de goleiro em um treinamento recreativo da seleção, já em solo sul-coreano, quando chocou-se com uma das traves e deslocou o ombro direito. Acabou ficando fora da primeira “Copa dividida” (Japão/Coreia do Sul) e o Brasil, sem ele (e infelizmente para ele!) foi pentacampeão!
Em 2006, Carlos Alberto Parreira (com Zagallo a tiracolo…) convocou Émerson, que estava na Juventus (e logo seguiria para o Real Madrid, “na esteira” de Fabio Capello – foram sete anos sob o comando de Capello na Roma, Juventus e Real Madrid), para a Copa da Alemanha. Émerson foi titular em três jogos, nas vitórias contra Croácia, Austrália e Gana, sendo substituído por Gilberto Silva nos dois últimos. Mas perdeu espaço e não jogou na vitória contra o Japão e na eliminação contra a França (ficou fora por lesão). Despediu-se sem marcar nas duas Copas que jogou.
Por jogar a Copa de 1998, quando o Brasil foi vice-campeão; não jogar a Copa de 2002, quando o Brasil sagrou-se pentacampeão do Mundo; e jogar a Copa de 2006, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final, Émerson é um dos pés-frios de O Mundo da Copa do Mundo.
ÉMERSON Ferreira da Rosa
04/04/1976, Pelotas, Brasil
Copas: 1998 (Bayer Leverkusen), 2006 (Juventus)
Primeiro e último clubes: Grêmio e Santos
COPYRIGHT © 2018 LUI FAGUNDES (este texto é parte do capítulo “Pé-frio em Copas” do livro O MUNDO DA COPA DO MUNDO, em produção).