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  • Lui Fagundes

UM EXCELENTE TÉCNICO… EM ELIMINATÓRIAS


HOI-TAEK LEE nasceu em Gimpo, na Coreia do Sul, em 1946. Atacante, com apenas 20 anos foi convocado para integrar a seleção sul-coreana na disputa dos Jogos Asiáticos (uma espécie de Olimpíadas da Ásia) de 1966, em Bangcok, na Tailândia. Jogou apenas um jogo: derrota de 3x0 para os donos da casa. Lee permaneceu na seleção até 1974. Foi vice-campeão da Copa da Ásia em 1972 (perdeu a final para o Irã) e medalha de ouro (dividida com a Birmânia, atual Myanmar – o jogo final acabou empatado em 0x0 e não teve vencedor) nos Jogos Asiáticos de 1970. Participou das eliminatórias para a Copa do México, quando Ásia e Oceania disputavam uma única vaga que acabou com a seleção de Israel.


Voltou à seleção como jogador em 1977 para a disputa da vaga à Copa da Argentina. Jogou apenas os dois primeiros jogos, vitória sobre Hong Kong e empate contra o Irã, e não mais foi chamado. A Coreia do Sul terminou em 2º lugar. E a vaga ficou com o Irã. No total foram 75 jogos pela seleção e 21 gols marcados – nenhum em eliminatórias de Copas.


Sua próxima vez na seleção sul-coreana foi no comando técnico, depois de levar o Pohang Steelers ao título nacional. Foi vice-campeão invicto da Copa da Ásia em 1988 (derrota nos pênaltis para a Arábia Saudita). Já nas eliminatórias para a Copa de 1990, a Coreia do Sul sob o comando de Lee arrasou: foram 11 jogos, com nove vitórias e dois empates; 30 gols marcados e apenas um sofrido. As esperanças sul-coreanas eram grandes, mas o fracasso na Itália foi retumbante: 3 jogos e 3 derrotas. Seis gols sofridos e apenas um marcado.


Após a Copa, Lee voltou ao Pohang Steelers e ficou à frente da equipe até 1992. Depois de sete anos sem atuar como treinador, assumiu, em 1999, o comando do Chunman Dragons, onde permaneceu até 2003, quando encerrou a carreira de treinador.


Desde 2004 era um dos diretores da associação nacional de futebol da Coreia do Sul. Em 2017, numa tentativa de reoxigenar o quadro de dirigentes da KFA, foi afastado, junto com vários outros diretores, sob suspeita de mau uso dos recursos da entidade.


Pelo desempenho medíocre da Coreia do Sul na Copa da Itália, Hoi-Taek Lee entrou para O Mundo da Copa do Mundo como o 21º pior técnico da história das Copas.

Lee no comando da Coreia do Sul na Copa de 1990

Bélgica 2x0 Coreia do Sul

Espanha 3x1 Coreia do Sul

Uruguai 1x0 Coreia do Sul

22ª (antepenúltima) posição


* A opção pelo número 23 foi porque um técnico (pior ou melhor) tem sempre 23 opções quando faz a sua (pior ou melhor) escolha de quem levar para uma Copa. Os critérios para a “seleção” dos 23 piores técnicos da história da Copa do Mundo levaram em conta os resultados dos jogos dos seus comandados (gols marcados e gols sofridos tiveram peso de acordo com os adversários); goleadas (ou não) sofridas; colocação final na Copa (com bônus para quem não carregou a lanterninha!!); e um coeficiente – número que serve de medida para determinada propriedade ou característica (de um fenômeno, ou processo, ou, esp., do desempenho de algo ou alguém), segundo o dicionário Aulete – relacionado à colocação destes adversários na Copa em questão. Claro que sempre alguém irá contestar alguma “seleção”… Por isso estamos aí para comentários (desde que embasados, é claro).

COPYRIGHT © 2018 LUI FAGUNDES (este texto é parte do capítulo “Os 23 piores e os 23 melhores técnicos da história das Copas do Mundo” do livro O MUNDO DA COPA DO MUNDO, em produção).

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